19.4.07

And, in the end, the love you take is equal to the love you make.'

'(...)Se você acredita naquela velha frase, de que você precisa viver o blues para tocar blues, acho que tenho experiência pra cacete. Alguém me disse uma vez que as coisas boas não acontecem da noite para o dia. Que as coisas demoram para se desenvolver. Bem, eu também já ouvi dizer que 'merda acontece'.
Eu queria tocar blues porque sentia o blues. Era um modo de começar tudo de novo. Uma oportunidade de refazer a minha vida - uma chance de mudar meus antigos padrões. Então entrei numa banda de rock outra vez. Comecei a aprender a me controlar e a voltar a encarar a música como diversão. Exatamente como no tempo em que eu era fã de grupos de rock, como os Rolling Stones.
Foi difícil para mim nos Ramones, mas aquilo havia acabado. Mas, pelo menos, ganhei uma experiência a partir da qual posso julgar meus erros. Comecei a acreditar que poderia sobreviver a mais um round com o rock'n'roll. Eu sabia que ele cobrava seu preço. Não tinha ilusões. Achava que ninguém na indústria da música dava a mínima se eu iria ou não tocar mais uma nota de rock'n'roll na vida(...).
(...)A agressividade é o que impulsiona uma grande banda de rock'n'roll. Não pode ser fingida; se for, será uma merda evidente. As pessoas de classe alta não entendem isso. O sistema capitalista não pode criar bandas de rock'n'roll e esperar que todo mundo aceite isso como rebelião. Não funciona. Um sistema que protege um dos lados enquanto o resto de nós vai para a cadeia me deixa louco. Portanto, não esperem que eu colabore.'

Dee Dee Ramone,
'Coração Envenenado: Minha vida com os Ramones'.

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