4.4.07

O Vermelho e O Branco

Uma pequena área, à esquerda, parecia destacar-se de todo o resto, opondo-se ao inevitável pensamento de felicidade, esperança e inocência. Delimitava por faixas amarelas, alertando 'não ultrapassar', quebrava a monotonia de uma noite cansada.
O crime, hediondo definitivamente, transpassava perante os olhos de pessoas curiosas, que se aproximavam, chocadas com a brutalidade. Quinze passos à frente, jazia o corpo de um palhaço sorridente, como se houvesse sido pego de surpresa, na volta ao picadeiro. O sangue camuflava-se perfeitamente à maquiagem borradae a seus botões cor magenta. Investigadores tomavam notas, alheios aos sussuros e exclamações vindos de algum lugas as suas costas. Não era o primeiro da noite, e eles estavam acostumados, cada vez mais, à estranheza.
A luminosidade diferente é igual todos os dias, mas não naquela noite. cada um com alguma idéia, talvez um possível culpado, ou até mesmo uma gangue. Conspirações, saída ocasional, eram mantidas acima das cabeças dos ocupantes de mais um passeio no trem-fantasma da realidade. Aque,e que não precisa de curvas para mostrar-se surpreendente.

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